quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

XVIII

Peter Gric




Sinistra, amor, é a veloz fuga em que te desamparas riso
ou choro – comoventes – origens do meu: escuta-me,
escuta-me amor.

Não resistir e não poder absolutamente atingir-te no tormento,
na volúpia, e tu submerso, enquanto na superfície a pele
absorve toda a entrega de uma realidade derradeira: construída
no envolvimento da água (amor) cativando-se.
E no céu os pássaros, abandonando-se à primavera, são como o
meu corpo: rindo, rindo do horror deste inverno, amor.
Ali, a morte será como bailarina treinando a sua sombra ante
um espelho opaco.

4 comentários:

Helena Figueiredo disse...

Que o teu regresso matize os espelhos com os tons do arco-iris.

Graça Pires disse...

Excelente poema!
Beijos.

Luís Costa disse...

Intenso!

Mapas De Espelho ( Imagem Suzzan Blac) disse...

A quem possa interessar, deixo a msg:

Vou deixar o Mapas de Espelho a descansar um pouco.

Estarei a Re-postar os seus postes no Parentalidades sob o Outro NicK DPM. Fica aquia a "Chave da Porta"
http://parentalidades.com/author/dputamadre/
Vale.