segunda-feira, 17 de novembro de 2008

II

Kim Sung Jin

II

Quando saio, amor, à tua procura, é um mundo visivelmente/ novo que anseio. (Só tu me retiras do meu recolhimento e me/abres secretamente o desconhecido.). Saio todos os dias e todas/ as noites, amor, sabendo que não me procuras, que não sentes a/ privação nos meus gestos desastrados e incorruptos: à tua/ procura. Não pressentes a minha voz, amor, somente delicada/ para ti? Não, não reparas nem ouves os meus apelos/ definhando tímidos, enfraquecendo à tua mercê, amor? Porque/ não me procuras, amor?, eu que me abandonei e abandono/todos os dias e todas as noites para te encontrar diante de mim/ abandonado à minha procura, procurando, procurando/ inevitáveis amor.
Porquê amor? É forçoso que esta procura seja apenas/ docemente desesperada e perdida enquanto saio todos os dias e/ todas as noites não sabendo nunca que mundo desconhecido/ anseias? Porquê, amor, desconheço?

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