sábado, 6 de dezembro de 2008

XVII




Nem eu , amor, suspeitei que a fuga nos franquearia o poder de nos exilarmos em sossego, excedendo-nos força e atrito que impede a emoção de não consumar o simples. Como é saber fugir ignorando?

E quanto do mundo, da noite, da solidão, será como sabão misturando-se nas águas. E quanto de mim, em ti, será o sabão da solidão na noite do mundo?

E haverá uma água interdita (amor)? – agregando, cruel, a espuma subtraindo-nos – sós – puros ou sem pudor.

5 comentários:

Helena Figueiredo disse...

É bom tê-la de volta. Gstei de ler. Como sempre forte e intensa como fogo na carne.

L.C.

Mapas De Espelho ( Imagem Suzzan Blac) disse...

Olá, Luís.
Não demorei muito ...

Hummm Um ds meus pp versos favoritos está neste conjunto. É o do sabão. Uma pequena homenagem ao Poema do Francis Ponge "Sabão".

Graça Pires disse...

"Nem eu , amor, suspeitei que a fuga nos franquearia o poder de nos exilarmos em sossego". Belo começo de um texto todo ele cheio de sensibilidade...
Um beijo.

Helena Figueiredo disse...

No mesmo sítio, eu mesma, sempre, agora sózinha.
Espero a tua visita.
Helena

Luis Eme disse...

espantas-me, positivamente, De...

(mas não gosto da fotografia da Susana, doi só de olhar)